Curtindo a vida adoidado

outubro 27, 2008

Hoje, falaremos do que, a meu ver, é o filme sinônimo da Sessão da Tarde. Curtindo a vida adoidado (1986), narra as divertidas peripécias de Ferris Bueller, um adolescente de classe média que decide matar a aula para aproveitar o dia ao lado de seu melhor amigo e de sua namorada. Só a proposta do filme já o torna interessante para o público, que passa as tardes vendo a Rede Globo. Mas ali, existe muito mais. Há todo um sentimento em volta de uma época que sempre parece já ter passado. O gostinho do passado sempre se reaviva ao assistir novamente o longa. O filme pode ser apenas uma diversão escapista, mas que diversão! Esse fato é mais do que suficiente para ele integrar, com honras, a sessão Influência Cinematográfica.

Destacar apenas uma seqüência desse filme é uma difícil, porém prazerosa tarefa. Bom, dentro de todas as cenas possíveis, talvez a que mais simbolize toda a rebeldia, a diversão, o fato de querer ir além e de aproveitar ao máximo, todos os momentos do dia acontece quando Ferris Buller surge, inesperadamente, cantando Twist and Shout do The Beatles, em um desfile. O clima contagiante, de diversão constante parece atingir seu ponto máximo ali. Tanto que, depois disto, pareces que os personagens embora felizes e brincando, surgem cansados, como que esgotados por um ápice de contentamento. Nada melhor do que re-assistir essa seqüência. Aproveite:

Ainda me sinto compelido a falar da atuação de Matthew Broderick como Ferris Bueller. A interpretação é tão boa e exagerada que o ator parece ter se eternizado como o personagem do filme. Sempre que o vejo em outra produção lembro imediatamente de Curtindo… A intensidade nas cenas e o sentimento de estar plenamente a vontade com o papel – que era de um adolescente com um carisma ímpar – que mesmo no fato de matar aula (que não é nem perto da gravidade que o filme dá) traz um irresistível convite para se curtir a vida.